Benefícios Flexíveis
Benefícios Sociais

Guia para criar um plano de benefícios flexíveis na sua empresa

13 de Fevereiro, 2023

O mercado de trabalho é altamente competitivo e as gerações que hoje o compõem são as mais qualificadas de sempre. Isso faz com que os talentos estejam tendencialmente mais exigentes em relação às empresas nas quais ponderam trabalhar.

Neste contexto, as organizações, dos mais diversos setores de atividade, têm um desafio acrescido na hora de recrutar candidatos e de fidelizar os colaboradores.

Para contrariar essa dificuldade, muitas já começam a perceber que definir uma política atrativa de benefícios flexíveis pode permitir-lhes melhorar a sua proposta de valor (EVP) e ganhar vantagem competitiva face às empresas concorrentes – isto é, que concorrem pelo capital humano existente.

Quer saber mais? Vamos explicar-lhe o que são benefícios flexíveis e ajudá-lo com um guia passo a passo para criar um plano de benefícios flexíveis na sua empresa.

O que são benefícios flexíveis?

Os benefícios flexíveis são um complemento ao pacote salarial concedido aos colaboradores e que se adaptam às suas necessidades, interesses e fases de vida. Esta flexibilidade baseia-se no facto de as empresas serem compostas por pessoas diferentes, que podem valorizar aspetos distintos quando se trata de compensação.

O objetivo dos benefícios flexíveis é apoiar os colaboradores em determinadas despesas, maximizar o seu poder de compra, mas também fomentar o seu desenvolvimento pessoal e profissional e promover o seu bem-estar e qualidade de vida.

Assim, os benefícios flexíveis podem constituir uma recompensa financeira ou não financeira:

  • Benefícios flexíveis financeiros: por exemplo, subsídio de refeição, apoio às despesas de infância, apoio às despesas de educação e formação, apoio a despesas com saúde, subsídio de transporte, entre outros.
  • Benefícios não financeiros: por exemplo, flexibilidade de horários, trabalho híbrido ou remoto, dias de férias adicionais, entre outros.

Mas quais serão os benefícios mais adequados à realidade da sua empresa e dos seus colaboradores?

Passo a passo para criar um pacote de benefícios flexíveis

Siga estes cinco passos para implementar um plano sólido e atrativo de benefícios flexíveis para os seus colaboradores.

1 – Oiça os colaboradores

O primeiro passo deve passar, invariavelmente, por conhecer a opinião dos destinatários dos benefícios: os colaboradores. Procure saber quais são as suas necessidades e expetativas, perguntando quais são os benefícios que mais valorizam. Pode desenvolver um questionário interno para esse efeito.

Este levantamento é crucial para conhecer as preferências dos trabalhadores e para definir padrões (por exemplo, por faixa etária, género, localização geográfica, etc).

2 – Informe-se sobre o enquadramento legal e fiscal de cada benefício

Dependendo do benefício, especialmente no que diz respeito aos benefícios financeiros, pode haver um enquadramento legal e fiscal específico. É fundamental que a empresa conheça todos os aspetos legais – existência de legislação específica, elegibilidade da empresa e do colaborador, etc – e fiscais – vantagem fiscal associada ao benefício, condições para existência da vantagem fiscal, correta contabilização, etc – inerentes à atribuição de cada benefício para uma correta implementação dos mesmos.

3 – Defina o plano de benefícios flexíveis

Depois de ter ouvido os colaboradores, e de conhecer bem o enquadramento legal dos vários benefícios extrassalariais, comece a pensar estrategicamente sobre aqueles que faz sentido atribuir.

Considere as preferências identificadas pelos colaboradores, mas também as necessidades, objetivos e possibilidades reais da empresa. No caso dos benefícios financeiros, defina os valores a atribuir, a periodicidade de atribuição, a tipologia do benefício e a quem se destina.

4 – Encontre um fornecedor para atribuição dos benefícios

Depois de montado o plano de benefícios, pode ser necessário encontrar uma empresa especializada em soluções para atribuição de benefícios extrassalariais.

Alguns benefícios – como o subsídio de refeição, benefícios de apoio à infância, educação, formação ou saúde, por exemplo – têm vantagens fiscais para a empresa e para o colaborador se forem atribuídos através de vales sociais. Assim, é necessário encontrar uma entidade emissora que garanta segurança, qualidade e o cumprimento de todos os requisitos legais e fiscais.

5 – Acompanhe e avalie regularmente o sucesso do plano

Qualquer estratégia deve prever uma etapa de análise de resultados. E, neste caso, os resultados podem verificar-se ao nível do absentismo, da taxa de turnover, do tempo médio de recrutamento e contratação, da satisfação e motivação dos colaboradores, do seu envolvimento com a organização, entre outros. O importante é definir as métricas que irão permitir-lhe avaliar se a implementação dos benefícios flexíveis está a ter os resultados desejados ou não.

Além disso, não encare o plano de benefícios como um projeto fechado e imutável. O mais provável – e recomendável – é que a atribuição destes benefícios vá evoluindo em função das necessidades dos colaboradores e das tendências e boas práticas do mercado.



A importância dos benefícios flexíveis parece inegável, num contexto em que muitos gestores, de diversas indústrias, revelam dificuldades na contratação de talento e na sua retenção.

Por isso, se a sua empresa ainda não tem uma estratégia sólida de compensação flexível com base em benefícios extrassalariais, este guia pode ser uma ajuda para começar!