Job hopping
Recursos Humanos

Job hopping: O papel dos benefícios flexíveis na retenção de talentos

13 de Março, 2025

O fenómeno de job hopping não é novo, mas tem-se tornado mais comum nos últimos anos, sobretudo com a entrada de novas gerações no mercado de trabalho.

Esta tendência, que consiste em “saltar de emprego em emprego”, é mais prevalente na Geração Y – os chamados Millennials – e na Geração Z. Vários estudos indicam que são os profissionais destas gerações quem menos tempo permanece nas suas funções.

É fundamental que os responsáveis de recursos humanos entendam as motivações dos seus colaboradores e as razões que podem conduzir ao job hopping. Descubra que razões são essas e como é que os benefícios flexíveis podem assumir um papel relevante neste contexto.

Leia também: Como envolver os colaboradores da Geração Z?

O que é o job hopping?

A expressão “job hopping” refere-se à tendência de trocar de emprego com frequência. Acontece quando os profissionais mudam de trabalho várias vezes num curto período de tempo.

Este fenómeno tende a verificar-se mais no setor da tecnologia, seguido pelas áreas das vendas, do marketing, comunicação e design.

Razões que conduzem ao job hopping

As pessoas podem mudar de emprego por diversas razões. E enquanto algumas dessas causas podem ser involuntárias ou alheias aos trabalhadores – devido ao contexto económico, evolução do mercado ou transformações nas próprias empresas -, podem existir também diversas motivações individuais para abraçar um novo desafio profissional:

  • Remuneração e benefícios: quando os colaboradores sentem que não são devidamente compensados pelo seu trabalho, é muito provável que comecem a procurar ativamente outras oportunidades que ofereçam pacotes salariais e de benefícios extrassalariais mais atrativos;
  • Work-life balance: uma integração equilibrada e saudável entre a vida profissional e pessoal é um dos aspetos que os profissionais mais valorizam e, como tal, estes tendem a favorecer oportunidades que garantam a flexibilidade desejada;
  • Cultura organizacional: aspetos adjacentes à cultura da empresa, como um ambiente de trabalho tóxico ou baixos níveis de diversidade, equidade e inclusão, por exemplo, podem levar a um desalinhamento com as expetativas e valores dos colaboradores;
  • Oportunidades de progressão: os profissionais valorizam empresas que invistam na sua formação contínua e nas quais sintam que conseguem desenvolver competências, evoluir e progredir em direção aos seus objetivos de carreira;
  • Propósito e sentimento de realização: as novas gerações tendem a dar mais importância a empregos que deem algum sentido à sua carreira e, quando sentem que o trabalho não está alinhado com os seus valores e paixões, optam por procurar outras oportunidades que os preencham mais e lhes confiram algum propósito.

O papel dos benefícios flexíveis na retenção de talentos

Tendo em conta cada uma destas razões, as organizações devem adotar uma estratégia holística que lhes permita enfrentar os desafios trazidos pelo job hopping. Um dos eixos dessa estratégia tem de passar, invariavelmente, pela construção de um plano robusto de benefícios flexíveis.

Os benefícios flexíveis têm um papel preponderante na motivação e retenção dos colaboradores, uma vez que:

  • Contribuem para valorizar o pacote remuneratório dos profissionais, aumentando o seu poder de compra em áreas essenciais como a alimentação, a saúde, a educação ou a formação profissional, por exemplo;
  • Adaptam-se às diferentes necessidades, interesses e fases de vida das pessoas, permitindo alocar os montantes concedidos a despesas que possam representar uma grande fatia do orçamento dos trabalhadores e respetivas famílias;
  • Promovem o bem-estar dos colaboradores nas suas várias dimensões – financeiro, físico, mental, emocional e social -, o que demonstra que a empresa se preocupa com as suas pessoas e, como tal, estas sentem-se mais satisfeitas e envolvidas.


Muitas entidades empregadoras já reconhecem a importância de disponibilizar benefícios flexíveis e, de acordo com o estudo Benefits Trends Survey, da WTW, 57% das empresas inquiridas afirmam ter o objetivo de desenhar planos de benefícios que se adaptem às expetativas em constante evolução dos seus colaboradores.

É o caso da sua? Descubra que tipos de benefícios extrassalariais valorizam as diferentes gerações.